segunda-feira, 22 de junho de 2009

Trajetória anonima

Tragetória Anonima

Parada em frente ao computador e lendo o sub-titulo do meu blog (a tragetória de uma bailarina)............................me fez pensar que a tragetoria dessa bailarina anonima não deve interessar a muitos não é mesmo?

Se fosse da Cecilia Kerche, Ana Botafogo, ou as "Makarovas" da vida, receberiam tantas visitas que o blog explodiria,como o blog da "surfistinha" ( que de bailarina nao tinha nada...ou tinha?)explodiu..............explodiu a familia feliz de uma esposa feliz com dois filhos lindos.

Sou anonima sei disso, e talvez, algum anonimo se identifique com a minha história de arrependimento e frustações. E assim possa se sentir mais acolhido e menos solitário. Espero!!

Conversando com uma aluna das antigas, eu e ela descobrimos que gostamos mais de nós na maturidade do que qdo jovens..................a natureza é sabia e sei que tudo que estou conquistando nesta fase maravilhosa que é os 40 e poucos anos, é pra nos prepararmos para uma próxima existencia, com mais sabedoria. Espero!!

Meu marido fez aulas de judô, no seculo passado, com um "tal" e professor ONO. Esse professor ensinou judô como ninguem, disse meu marido. Ensinou, viveu e morreu no anonimato. Um de seus discipulos conversando com um jovem estudante de judô, revelou ter estudado com o "tal" professor ONO. Ele disse (é claro)- Quem é esse professor?

Ele não tinha Gracce no sobrenome (ainda bem)..........morreu anonimo com as pernas amputadas pela diabetes, mas ninguem pode dizer algo ruim sobre esse homem, nada que mude sua reputação, sua fama de otimop professor e pessoa correta. Não é maravilhoso passar dessa para melhor assim?

Bom eu não sou uma santa, na verdade não sou "flor que se cheire" (mas ando sempre cheirosinha, tá?)mas sou anonima. E vou morrer no anonimato, com certeza. E sou do bem.

Amo lecionar. E estudo, e trabalho, e choro e enlouqueço qdo não sei algo. Algo sobre o Ballet. Essa arte que está em minhas entranhas que só perde para seres que sairam do meu ventre. Eu, sem corpo perfeitamente genetico para o ballet. Eu com pouca flexibilidade. Eu aos 44 anos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ser velha para...


Li uma pequena biografia de Aldrey Hepburn, que ao vir para os Estados Unidos, resolveu fazer aulas de ballet já com seus 20 e poucos anos. Não foi aceita pois era velha demais pra isso. Como tudo passa e se transforma, não é mesmo? É incrivel como certos valores deixam de existir. Uma mulher de 30 anos era uma senhora (no pior do sentido da palavra).

Hoje não é mais assim, e que assim seja.

Me sinto bem nas aulas de ballet com minhas colegas de no maximo 20 anos. E não me incomodo mais com olhares de mães na saida das aulas.

Não me sinto mais uma velha fora do ninho.