Sabem de uma coisa, eu nunca acho que sei o bastante, ou que meu corpo responde a tudo sempre.
A cada aula que me realizo (me realizo tanto dando aulas como fazendo), eu surpreendo meu corpo e minha mente.
Eu ainda sinto dores musculares, e qdo isso acontece, eu percebo que estou sempre crescendo, sempre aprendendo, sempre sentindo.
Isto é MARAVILHOSO. É vida. É evolução. É aprendizado.
O Ballet Clássico nos surpreende a cada aula, a cada momento, a cada desejo. Para o bem e/ou para o mal.
As vezes me dedico tanto a uma aula, que quando essa aula acaba, tenho a impressão de ter me beneficiado mais que os próprios alunos.
Amo ser uma professora. Com dificuldades, com duvidas, com incertezas, com amor, com ternura, com seriedade.
Ainda estudo. Ainda faço perguntas. Ainda me confundo com a nomenclatura depois de30 anos de profissão.
Ás vezes tenho receio e medo de tanto perguntar. Parece que quando ainda estamos em busca do aprendizado, as pessoas a nossa volta perdem a credibilidade em nós.
Mas estarei sempre em busca. “O Ballet Clássico é muito difícil e dói”, diz uma pessoa que admiro muito, Karen Ribeiro.
Quando tenho duvidas na execução ou na nomenclatura de um passo, corro para as minhas mestras, não tenho vergonha disso.
Ser professor é tudo de bom. Às vezes de ruim tb. Mas é tudo que eu preciso ter para crescer profissionalmente. Ninguém é o que é sem méritos.Em todos os sentidos e direções.
Heydi Milhose
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
POST DIA 21 DE ABRIL
Para qq pessoa que, de uma hora para outra, sem aviso previo,é arrancada de sua rotina, por motivo de uma doença, não é fácil de entender e portanto de aceitar.
Agora, imagine uma pessoa que, para ganhar o pão de cada dia, manter a saúde mental e física em dia, precise se movimentar pelo menos 6 horas por dia e de repente essa pessoa fica 10 dias em uma cama de hospital, onde sua veia fique conectada a uma bisnaga com soro e remédio. Não é de enlouquecer???????
Eu sei que não somos feito apenas de carne e osso e que nossa mente governa tudo isso. Sei também que temos um espírito que une tudo isso tornando um ser completo.
Estava incompleta, muito incompleta.
Os analgésicos que precisei tomar me toparam por 10 dias, as horas passavam às vezes lentamente e outras vezes já era noite. Todos aplicados diretamente na veia.
As entradas e saídas dos enfermeiros era uma boa distração, quando me cansava do livro “COMER AMAR REZAR”, maravilhoso por sinal. Mas o que me deixava feliz era qdo meu médico aparecia. A felicidade logo diminuía, porque...
Dr, André ficava, a toda visita, contente com os resultados da cirurgia. Minha mãe disse uma vez que ele entrava no quarto numa única passada como se fosse o “chapolin”. Mal dava pra perceber e ele já estava diante de mim.
Acrescentava ou trocava medicamentos, restringia a alimentação (alguém já tomou sopa com canudinho?), trocava meu curativo, dizia que eu estava ótima e disposta, prometendo voltar. E sempre voltava surgindo do nada com disposição e sem a promessa de me dar alta.
Se passaram 10 dias e o corpo padece, amolece, enfraquece, murcha e incha. O corpo dói de ficar deitado, rodopia ao ficar em pé e só adormece qdo a seringa chega.
Meu corpo precisava de movimento e o máximo que podia fazer era ir ao banheiro carregando o totó (a bisnaga de soro conectada a minha veia, minha grande companheira).
Nos últimos dois dias, num breve momento em que me desconectaram do soro, afastei o sofá cama, abri todas as venezianas da janela(por sinal estava um dia lindo) me coloquei de frente para a paisagem e comecei meus eleves. Depois fiz demis e grands pliés, tendus decomposto fazendo questão de passar pela meia ponta e alongar meu colo de pé, jambe sur le barre devant, de cote e derriere.
Depois coloquei tudo no lugar e dancei uma musica que só eu ouvia executando valsas, relevês arabesques, e assembles soutenus.
Acabava acabada rs, sem fôlego e de língua de fora, mas valia a pena, pois a alma sorria e deixava de ser pequena.
Neste momento estou em casa enquanto muitos curtem o feriado viajando, mas estou feliz em escrever para vocês. Estava com saudades dos meus blogs.
Agora, imagine uma pessoa que, para ganhar o pão de cada dia, manter a saúde mental e física em dia, precise se movimentar pelo menos 6 horas por dia e de repente essa pessoa fica 10 dias em uma cama de hospital, onde sua veia fique conectada a uma bisnaga com soro e remédio. Não é de enlouquecer???????
Eu sei que não somos feito apenas de carne e osso e que nossa mente governa tudo isso. Sei também que temos um espírito que une tudo isso tornando um ser completo.
Estava incompleta, muito incompleta.
Os analgésicos que precisei tomar me toparam por 10 dias, as horas passavam às vezes lentamente e outras vezes já era noite. Todos aplicados diretamente na veia.
As entradas e saídas dos enfermeiros era uma boa distração, quando me cansava do livro “COMER AMAR REZAR”, maravilhoso por sinal. Mas o que me deixava feliz era qdo meu médico aparecia. A felicidade logo diminuía, porque...
Dr, André ficava, a toda visita, contente com os resultados da cirurgia. Minha mãe disse uma vez que ele entrava no quarto numa única passada como se fosse o “chapolin”. Mal dava pra perceber e ele já estava diante de mim.
Acrescentava ou trocava medicamentos, restringia a alimentação (alguém já tomou sopa com canudinho?), trocava meu curativo, dizia que eu estava ótima e disposta, prometendo voltar. E sempre voltava surgindo do nada com disposição e sem a promessa de me dar alta.
Se passaram 10 dias e o corpo padece, amolece, enfraquece, murcha e incha. O corpo dói de ficar deitado, rodopia ao ficar em pé e só adormece qdo a seringa chega.
Meu corpo precisava de movimento e o máximo que podia fazer era ir ao banheiro carregando o totó (a bisnaga de soro conectada a minha veia, minha grande companheira).
Nos últimos dois dias, num breve momento em que me desconectaram do soro, afastei o sofá cama, abri todas as venezianas da janela(por sinal estava um dia lindo) me coloquei de frente para a paisagem e comecei meus eleves. Depois fiz demis e grands pliés, tendus decomposto fazendo questão de passar pela meia ponta e alongar meu colo de pé, jambe sur le barre devant, de cote e derriere.
Depois coloquei tudo no lugar e dancei uma musica que só eu ouvia executando valsas, relevês arabesques, e assembles soutenus.
Acabava acabada rs, sem fôlego e de língua de fora, mas valia a pena, pois a alma sorria e deixava de ser pequena.
Neste momento estou em casa enquanto muitos curtem o feriado viajando, mas estou feliz em escrever para vocês. Estava com saudades dos meus blogs.
Assinar:
Postagens (Atom)