segunda-feira, 4 de maio de 2009

NADA É POR ACASO

Tudo acontece quando tem que acontecer. Acho que já escrevi isso aqui. É que penso exatamente assim. A minha vida profissional na Jazz Walk,onde dancei e dei aulas por 10 anos, me enriqueceu muito. Tive ótimos professores formados em jazz como Carlos Lopes (falecido) e Luis Carlos Cavalcante (falecido), Kaká d'Avila, Joyce kermann (falecida), Mario Nascimento (antes de se transformar em contemporaneo puro), e outros também muito importantes pra minha formação.

Descobri lá que o que eu queria mesmo, é ser uma boa professora. De jazz eu fui.

Mas tudo mudou

Mudei pra Atibaia; e começando uma nova fase, muito dificil, nasceu uma outra pessoa.

Consegui trabalhar como voluntária em uma escola publica no projeto "Escola Familia".
Fazia aulas de barra em casa, li muitas apostilas sobre pré-ballet. Tudo pra poder ensinar novamente. Dei aulas nessa esola por um ano. A Escola Familia acabou. Fui procurada por uma empresaria que tem uma academia a 30 anos aqui em Atibaia. Fizemos uma parceria e montamos um projeto "Ballet na Comunidade" para estudantes de escolas publicas.

Precisei investir em minha profissão que a 10 anos ficou apenas no coração.
Entrei para o 3º ano do ballet Classico.

A cabeça ainda lembrava dos passos basicos mas o corpo, misericordia, não resposndia.
Passe do deslumbramento a depressão, da depressão a aceitação, do conformismo a guerra. Uma guerra de um soldado só, onde o inimigo é ele mesmo.

Me sentia uma estranha no ninho. Um ninho que frequentei a 20 anos atras.

Tinham mais olhos sobre mim que em qualquer celebridade passeando na rua. Eram as meninas da classe, as mães que vinham buscá-las, algumas professoras, até o cachorro da professora me olhava de canto.

Meu calvário estava apenas começando. Seis meses depois estava na ponta. Quer dizer, tentava ficar na ponta. Os 42 anos nunca pesaram tanto. Mas eu tinha uma compenssação. Minha filha.

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