Nascer de novo

Estava eu cá com minhas comus de ballet e dei de cara com esse video que me fez pensar, as vezes faço isso sim, rs:



Pensei: Misericordia eu teria que nascer de novo pra dançar assim, com a promessa do papai do céu de transformar minha genetica latina/européia, em somente européia e mais precisamente em russa. Ao pensar europeia estava lembrando da descendencia italiana por parte de bisavós paternos. Mas não é que me lembrei do sangue alemão (não é russo,mas acho que já melhorou um pouco né?)rs, que corre pelas minhas veias (uia)por parte de vó materna?

Isso mesmo minha vó é judia alemã. Veja bem eu disse É e não ERA. Ela completa 100 anos em abril/junho não me lembro...........só sei que ela nasceu pouquissimas semanas depois do corinthians.


minha filha e minha vó (foto tirada em setembro/09)

Então continuando a pensar: Eu já tenho no sangue uma grande chance de ser como essa menina ai do video, não acham? Tudo bem, sei que ela é brasileira e seu nome é Camila de Caso, bailarina do Pavilhão D. Mas como não tenho corpo nenhum pra bailarina classica terei mesmo que nascer lá nas europa, que é pra garantir que nada vai dar errado dessa vez.

OBRIGADA 2009

Foto sutilmente copiada do blog da minha querida Cassia: http://dospassosdabailarina.wordpress.com/

Tem pessoas que não suportam rotina. Eu amo minha rotina.

Precisei deixa-la.

Parei de estudar, de ler, de folhear revistas enquanto tomava café, Orkuts e Blogs meus e de minhas amigas abandonados, e-mails somente de trabalho.

Me senti sozinha. E em uma visita rápida no “Belos”, deparei com um vídeo que me deu mais força, mais coragem. Enfrentei o lobo.

http://bailarinadepano65.blogspot.com/2009/12/presente.html

Entrei em mundos desconhecidos.

Prometi costurar. Não sabia nem pregar um botão sem que a linha enroscasse. Nossa que raiva que dá!!

Imaginei os modelos das fantasias das minhas aluna e prometi.

Prometi usar o audacity.

Aprendi a usar o nero.

Montei coreografias, cortei, mixei e editei musicas.

Coitado do Tchaikovsky.

Muito medo.

Fiz promessas a elas... e agora?????

Não podia decepciona-las.

E tudo começou assim:




Venci o medo de cortar,costurar, finalizar. Fiz o primeiro tuttu bandeja. Errei.

Não é uma água viva não, ta meninas?

Chorei. Mas não desisti.

Comprei os collants prontos na Marabá.

E os transformei em vestidos de princesas.



Imaginei as saias e uma professora costurou-as.

Não me decepcionei. Venci os temores.

Aprendi a usar o audacity, o nero, agulhas e linhas.

Aprendi também, que qdo fazemos com um enorme coração, não tem como não dar certo.

Tudo bem que as asinhas da sininho não suportaram o frenezi das crianças, que algumas lantejoulas se soltaram, que um dos collant quase que deixou uma aluna de 11 anos nua, se não fosse o maravilhoso sutiã que ela colocou e que sumiu no palco.

Amei tudo que passei. Amei tudo que deixei pra depois. Amei o que consegui. E o que não consegui dessa vez.

O medo é produto do novo, do desconhecido. E adoro isso.

Não estamos aqui somente pra viver a vida.

“É PRECISO SABER VIVER...” roberto carlos




O mal talvez não exista, pois acredito que, tudo é para o nosso bem.

Obrigada 2009 e que venha 2010 com mais temores e aprendizados

Mais um selinho

Obrigada Isabela - http://bailarinadecorpoealma.blogspot.com/

Repassando para:
http://foreverballet.blogspot.com/ blog da jessy
http://amagiadoballet.blogspot.com/ blog da dolores
http://lavieenpointe.wordpress.com/ blog da renata
http://balletadulto.wordpress.com blog da karen
http://luizabandeira.blogspot.com blog luiza bandeira

Minha lista profissional para 2010
* Fazer mais aulas
*Dar mais aulas ($$$)
* Emagrecer 5 kilos
*Me preparar para ter minha propria escola
*Arrasar na ponta (aff esse é mais dificl)
* estudar, estudar, estudar

A tragetória da bailarina

Ana Botafogo anuncia turnê de despedida da carreira. (09/12/2009)

Que sensação deve ser encerrar uma carreira como essa? Que sentimentos geram "poder" dizer não, obrigada para Copellia e o Quebra-Nozes?

Sim ela pode. E deve.

É um previlégio, que poucos tem/tiveram.

É resultado de muita dedicação, de uma vida inteira, com muitas restrições, poucos prazeres.

"Mesmo se não estivesse machucada, não dançaria este balé, pelo mesmo motivo que recusei fazer a Coppélia que a companhia montou há pouco. Alguns papéis não me cabem mais e, agora, me permito dançar somente os que me dão prazer, como, por exemplo, A Megera Domada, de John Cranko."

Maravilhosa, fecha com chave de ouro uma carreira de 28 anos.

Uma homenagem a uma bailarina que levou a arte além dos palcos do Teatro do RJ. Onde popularizou-a num país sem tradição, sem incentivos, sem recursos.



Fonte: www.atarde.com.br